PERRENOUD

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"O sociólogo Philippe Perrenoud"

 

    Philippe Perrenoud é sociólogo suíço, nascido na década de 40, acredita que a educação é o caminho que leva a totalidade do ser humano, autor de diversas obras, entre elas seu mais recente trabalho “Os ciclos de aprendizagem: um caminho para combater o fracasso escolar, Artmed, 2004”, onde defende a progressão em diversas velocidades, visando diminuir o fracasso escolar.

     Seu pensamento serviu de base para a elaboração dos PCNs e o Programa de Professores Alfabetizadores (Profa), estabelecidos pelo MEC durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No campo da educação tem mais de 11 obras publicadas e traduzidas (tradução editora Artmed).

    Na visão de Perrenoud competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recurso cognitivo com o propósito de solucionar com eficácia inúmeras situações, como por exemplo, ter noções geográficas, topográficas e matemáticas, auxilia na orientação da leitura do mapa de uma cidade desconhecida. Outro exemplo, saber diagnosticar quando uma criança está doente, profilaxias, patologias e sintomas, terapias, remédios, serviços médicos e farmacêuticos pode auxiliar na observação de sinais fisiológicos, na administração de um medicamento, podendo até  salvar uma vida.

    Simbologias a parte, competência também pode ser definida por conjunto de saberes, que se fazem necessários no campo da Pedagogia. No campo da educação ainda não é usado com toda a potencialidade, em geral porque a escola, em si, dá prioridade aos recursos cognitivos desprezando outras habilidades do educando.

Segundo Perrenoud em entrevista a Paola Gentile e Roberta Bencini à revista Nova escola, versão francesa:

 

“... a escola se preocupa mais com ingredientes de certas competências, e bem menos em colocá-las em sinergia nas situações complexas. Durante a escolaridade básica, aprende-se a ler, a escrever, a contar, mas também a raciocinar, explicar, resumir, observar, comparar, desenhar e dúzias de outras capacidades gerais. Assimilam-se conhecimentos disciplinares, como matemática, história, ciências, geografia etc. Mas a escola não tem a preocupação de ligar esses recursos a certas situações da vida. Quando se pergunta porque se ensina isso ou aquilo, a justificativa é geralmente baseada nas exigências da sequencia do curso : ensina-se a contar para resolver problemas ; aprende-se gramática para redigir um texto. Quando se faz referência à vida, apresenta-se um lado muito global : aprende-se para se tornar um cidadão, para se virar na vida, ter um bom trabalho, cuidar da sua saúde...”

 

    O estudioso defende grandes teóricos como Vygotsky, Piaget, Bourdieu, não apenas como nomes importantes para a história da educação, mas como manifestação de uma inteligência profunda, que não é marcada por modismos, e sim, por estudos baseados em vivência e anos de pesquisa, focando a compreensão do ser humano como um ser integral e não um ser descontextualizado, fragmentado, assim como o aprimoramento humano. Um de seus teóricos favorito é Celéstin Freinet, pois é defensor do espaço  e da criação. Segundo Philippe: “Freinet, desde o princípio, uniu as aprendizagens ao trabalho e à cooperação, ideia que está na raiz da abordagem por competências”.

    Uma síntese de seu pensamento está nas 10 Novas Competências para ensinar, um roteiro bastante usado por professores (de diferentes campos da educação):

 

Autora: Miriam Rabello

  

Referências Bibliográficas

  

InNovaEscola(Brasil),Setembro de 2000, pp. 19-31, visitado em 15/05/2012 às 22h50min;

https://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0108.asp, visitado em 15/05/2012 às 23h03;

https://www.unige.ch/fapse/life/livres/alpha/P/Perrenoud_2000_A.html, visitado em 15/05/2012, às 23h18;

https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://4.bp.blogspot.com, visitado em 15/05/12 às 23h20m;

https://www.google.com.br/imgres?q=imagens+de+phillipe+perrenoud&um=1&hl=pt- , visitado em 15/05/12 às 23h23.